HISTÓRIAS QUE APROXIMAM EM COLEÇÃO DE PRATOS
- domingo, novembro 22, 2020
- By Nicole Regiane
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Três artistas brasileiras traduzem em seis estampas sentimentos aflorados na pandemia
Afeto em tempos de pandemia. Esse foi o disparo para três ilustradoras desenvolverem a coleção de pratos Histórias que aproximam. São seis estampas criadas por Camila Rosa, de Joinville/Santa Catarina, Dika Araújo, de São Luis do Maranhão e Lia Amazonas, da Chapada dos Guimarães/Mato Grosso do Sul, que traduzem as sensações e emoções vivenciadas por todos nós, enquanto “quarentenados.
As imagens delicadas nos afagam com sentimentos que ficaram escassos durante esse extenso período pandêmico e nos fazem tanta falta no dia a dia. Um cafuné, um dengo, os tão desejados (e proibidos) abraços e beijos...o olhar para o outro e para si mesmo (o lado de dentro e o de fora). As artistas participaram juntas do processo criativo – todo ele 100% online -, trazendo seus traços que, no final, confluíram para uma unidade visual harmônica, profunda e sutil.
As três
coleções pockets – Janela de dentro e Janela de fora; Cafuné e
Dengo; Abraço e Beijo -, com duas obras de cada uma, fazem parte da nova
série de pratos do restaurante Spoleto. As peças podem ser adquiridas na compra
de uma refeição com bebida e mais R$ 7,90 (não vale para delivery) ou avulsas
por R$29,90. Serão distribuídos 272 mil pratos.
CAMILA ROSA (@camixvx)/ilustradora de Santa Catarina – Janela de Dentro e Janela de fora
Nesse período de isolamento, aprendemos a acessar as lembranças e as
histórias que guardamos dentro de nós como uma forma de nos conectar com as
pessoas que estão distantes fisicamente. Elementos comuns do nosso dia a dia
ganharam novos significados: a janela passou a ser um símbolo de interação com
o mundo lá fora
e também uma metáfora para as telas digitais que nos conectam na distância.
DIKA ARAÚJO (@dikaraujo)/ilustradora e artista em quadrinhos do Maranhão – Cafuné e Dengo
Cafuné e Dengo. Palavras de origem africana que fincaram suas raízes e
agora crescem dentro de nós e se transformam em um grande potencial de conexão,
de criar histórias que aproximam. A identidade por trás dessas palavras me
lembra que sentir desse jeito singular é um presente ancestral para podermos
tirar o melhor do agora, com quem a gente ama. Voltamos ao passado para
aprender a amar no presente.
LIA AMAZONAS (@liaamazonas) – artista minimalista do Mato Grosso do Sul – Abraço e Beijo
As condições que essa fase nos impôs me fez sentir saudade. E a saudade me fez perceber quem me fazia tanta falta. Os dois pratos contam a nossa história e usei a distância entre eles para falar da distância entre nós. E, como mesmo longe, o pensamento e o amor nos mantêm unidos. Por isso, uma envia um beijo para a outra que recebe em um abraço à distância. Um jeito de enviar um beijo a todas e todos que me fizeram sentir saudade nessa quarentena e dizer que quem nos faz falta é também quem a gente ama.
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